segunda-feira, 15 de junho de 2009

Relatório da terceira semana (08-06-2009 a 13-06-2009)

Na semana de 08 a 13 fomos buscar terra, tivemos a encher covetes e transplantamos plantas, fizemos placas para sinalização de espécies.
Fizemos também ainda caixas para suporte de alvéolos, e ainda a armação para suporte do pote da água, para rega do viveiro.
Na sexta-feira dividimo-nos, o Luís e o Daniel ficaram no viveiro a fazer caixas e a transplantar plantas, e o Marco foi cuidar dos pombais de Algodres, e também andou na desmatação de gestas no cercado dos garranos.
À tarde crivamos terra continuamos com a transplantação de plantas, regamos o viveiro e o pomar e afixamos uma porta de rede no viveiro.

Relatório da segunda semana (01-06-2009 a 05-06-2009)

Na segunda-feira estivemos no viveiro o dia todo, fomos buscar terra, crivamo-la, enchemos covetes, transplantamos plantas e regamos o viveiro.
Na terça - feira tivemos o dia todo no escritório a fazer o resumo de algumas espécies do viveiro.
Na quarta – feira fomos deitar trigo aos pombais de Cidadelhe e de Algodres e da Reserva Faia Brava.
Na quinta – feira estivemos no viveiro de parte da manhã, e da parte da tarde viemos assistir a uma palestra sobre aves de rapina.
No dia seguinte fomos fazer as portaleiras e levantar paredes para o cercado dos cavalos garranos.

Pombais Tradicionais

No dia 27 de Maio fomos visitar os pombais que estão situados na ZPE (Zona de
Protecção Especial) do Vale do Côa na zona de Algodres e de Cidadelhe.
Os pombais tradicionais foram construídos para criação e abrigo de pombas e pombo – da – rocha que servia de alimentação de humanos e igualmente para adubação de terrenos agrícolas. Nas décadas de 1950-1960 foram abandonados porque as populações foram emigrando para as cidades, e foram degradando-se.
A Associação Transumância e Natureza começou recupera-los para criação e protecção de pombo das rochas para a alimentação da águia de boneli que é uma espécie ameaçada.
Para alem da criação de alimento para a águia de boneli também se utiliza o estrume para adubação dos olivais biológicos.
Os pombais da zona do nordeste transmontano têm um aspecto muito uniforme que os distingue dos do resto dos pais.
Na sua implementação, a escolha do local tinha que ser numa zona inculta, normalmente em zona rochosa.
Esta estratégia permitia não ocupar solo arável que era então num precioso recurso natural na produção agrícola.
O outro factor a considerar na construção baseou-se na exposição solar em que os pombais eram construídos a nascente e a poente por causa das noites frias no Inverno e para receber o sol nascente para aquecer os pombos.
No verão a espessura das paredes em granito, ou xisto permite isolar o interior do pombal e ficar fresco.
Os materiais utilizados na execução destas construções foram escolhidos devido a sua presença na região (granito e xisto)
A posição da porta em relação ao solo que parece muitas vezes uma janela, deve-se a duas razões:
1- Evita e reduz a entrada de roedores e répteis.
2-Acumulação de estrume pombinho no interior do pombal.
As portas são sempre colocadas viradas para a povoação ou para locais de passagem para serem vigiadas pelos donos e pela população. Isto era feito por causa das situações de roubo que ajudam o abandono agrícola.
As portas são de ferro ou zinco.
O interior dos pombais tem quase sempre uma mesa para colocação de alimentos e água, as paredes estão revestidas para colucação de ninhos. Estas estruturas são feitas em madeira ou em pedra. Também podemos encontrar dentro dos pombais lajes e chapas que são estruturas anti – predadoras.
Os adornos servem para chamar mais pombas, sendo de referir a colocação de pedras no topo para simular que estão pombos pousados no pombal.
As tipolujias nos pombais nesta região são :
Ferradura , circular de uma água , planta quadrada , planta circular de cobertura cónica e circular de duas águas .
Dos pombais aos que nós fomos tem forma cónica e de uma água.

Quercus faginea – Carvalho Cerquinho

O carvalho é uma árvore caduca, a sua altura é de 20 metros. Pertence à família Fagaceae.
A copa é ampla arredonda com ramificação e folhagem abundante e densas.
O tronco geralmente direito, pode ser tortuoso.
As folhas são denominadas semi-caducas por se manterem muito tempo na árvore após terem murchado bem como por se conservarem verdes durante o Inverno.
A sua floração de Março a Abril numerosas flores masculinas dispostas em grupos sobre largos amentilhas pendurados mas pouco firmes. Tem 5 ou 6 sepalas largas e um número variável de estames. As flores femininas são solitárias, estando dentro de uma cúpula com 3 a 6 estiletes.
O seu fruto é a bolota cilíndrica e tem 15 a 33 mm.
A casca é acinzentada ou parda-acinzentada, com muitas gretas pouco profundas nos indivíduos mais velhos.
A sua origem é na península ibérica e norte da africa continental, Marrocos e Argélia.
A utilização da madeira de carvalho é muito boa para a construção sobre forma de vigas.

terça-feira, 2 de junho de 2009

Prunos spinosa-abrunho_cagoiso

Este Prunus é um arbusto espontâneo que costuma ver-se ao longo de caminhos, de áreas pedregosas, e no limite dos bosques.Pode atingir 5 metros de altura, uma longevidade que pode atingir os 50 anos, é espinhoso, muito denso e intrincado e muitas vezes também é utilizado como ornamental.Floresce em Março, Abril, antes de aparecerem as folhas.Os seus frutos, pequenas drupas azuladas, com cerca de 1,5 a 2cm apesar de parecerem apetitosos, não se recomendam, pelo seu sabor áspero.É necessário esperar pelas primeiras geadas, para que estas moderem o seu gosto e então colhê-las para prepar o licor.As suas propriedades adstringentes, são utilizadas em medicina.
Pertence a família das Rosaceae.Pelas suas caracteristicas espinhosas é bom para formar sebes naturais defensivas (razão por que algumas aves as escolhem para instalar os seus ninhos)

Crataegus monogyna-Pilriteiro

O pilriteiro pertence a familia das Rocaseae.
O pilriteiro e uma árvore de pequeno porte ou considerada também um arbusto. É caducifolia e mede até 10 metros. Os ramos têm espinhos longos e aguçados, expostos na axila das folhas.
As folhas têm 4-5 cm, alternas, simples óvadas , ou abdongadas de base subtroncada, com cor verde escuro na parte superior da folha e na parte inferior glabras pilosas com estipulas mais ou menos globadas com 3-7 globos dentados .
As flores estão agrupadas entre 10 e 20 em carimbos, corola com 7-15mm de diâmetro regular de pétalas livres e branco rosadas, sépalas triangulares persistentes, menores que as pétalas; estames 5-25 carpelos 1-5 unidos pelo menos na base.
A sua floração ocorre na primavera.O fruto é uma drupa vermelha glambra pequena com 10mm e sementes de uma a 5 muito duras e minúsculas. O pilriteiro habita em quase todo o País.

Fraxinus agostifolia - Freixo de folha estreita

O freixo pertence a família das oleaceae.
É uma árvore de folha caduca com uma copa densa e arredondada.
As suas folhas têm 3-7 cm de comprimento com uma forma alongada. As margens são normalmente serradas na sua metade superior, com uma forte cor verde na página superior e mais pálida na interior.
As suas flores são dispostas em cacho com uma cor púrpura. Florescem de Fevereiro a Março.
Os seus frutos são sâmaras glanbas ablongas com o ápice pontiagudo.
A sua madeira é boa para pequenos utensílios e é uma árvore muito comum em parques e jardins.
O termo angustifólia significa folha estreita.

Castanea sativa-castanheiro

O castanheiro pertence à familia Fagaceae.
A origem do castanheiro é na região pôntica (Anatólia,Turquia).
Pensa-se que não seja originária de Portugal, que se terá extinguido durante a primeira metade Holocénio e sido trazido outra vez no 1 milénio antes de Cristo.

È uma árvore caducifólia que pode atingir a altura de 30 metros, o tronco é cinzento-claro e brilhante, fendido entre as placas verticais.

As suas folhas são em forma de lança serrado – dentadas com 10-25 cm.
Estrutura reprodutiva: Amentos com flores masculinas e femininas de 13 – 30 cm ; Com frutos castanhas de até 4 cm pontiagudos em grupos de 2-4 castanhas num ouriço.
A castanha está intimamente ligada às comemorações de São Martinho e ao magusto sendo consumida durante o Outono, normalmente assada ou cozida.
O castanheiro habita em locais onde existem soutos e castinçais nas regiões onde prosperam os carvalhos-negal .
O castanheiro também produz uma boa madeira de qualidade.
Existe muita variedade de castanheiros em Portugal.

quarta-feira, 27 de maio de 2009

3º feira

Ontem foi mais um dia de transplantar árvores das caixas de germinaçâo para as covetes. As espécies foram:castanheiros, freixos e abrunheiro-bravo.
Foram feitas no total 43 covetes.
Brevemente apresentaremos descriçoes destas espécies.
Para já deixamo-vos com as fotos dos trabalhadores.

Até breve...............................
O Luis e o Marco nas covetes


O Daniel igualmente nas covetes.


O viveiro.

Prunus avium-cerejeira

A cerejeira pertence
Á família das Rosácea. Esta espécie está quase por toda a Europa, Ásia menor e norte de Africa.
É uma árvore cadocifolia que pode atingir os 25 metros de altura. As suas folhas são simples, oblongas.
As suas flores são brancas de 2-3 centímetros de diâmetro e aparecem antes ou ao mesmo tempo que as folhas. A sua época de floração ocorre entre Março e Maio.
Possui uma madeira pesada, muito dura e resistente, muito utilizada no fabrico de móveis e instrumentos. Os seus frutos são muito apreciados para consumo humano, e igualmente utilizadas no fabrico de licores e compotas.
Na reserva são importantes para a alimentação da fauna, em especial aves e pequenos mamíferos.
É também considerada uma arvore ornamental.

Acer monspesulano – Zelha

O ácer monspessulano e da família das sapindacea a sua origem é europeia, encontrando-se no cento e sul da Europa, no NE Africano e no SW da Ásia. O seu habitat natural é em matos densos.
A sua dimensão pode atingir 10 metros de altura a sua folhagem é caduca e adequa-se a todos os tipos de solo. O clima é rústico até aos 25C .
É uma árvore que tem de estar muito exposta ao sol.
Esta árvore, de porte espalhado, tem uma coroa densa e arredondada. Suporta muito bem a poda. Podemos encontrá-la nas sebes corta-vento, em tufos ou em isolado nos pequenos jardins.
Os bosques constituídos por esta espécie, em associação com outras, são chamados de machiais, e dão refugio a varias espécies, tais como a rã-de-focinho-pontiagudo, a lagartixa-do-mato, a toutinegra-de-cabeça-preta, o sardão, os chapins, os tordos, o gavião, o bufo-real, o morcego-de-ferradura-grande, o morcego-de-ferradura-mediterrânico, a geneta, o rouxinol, o pisco-de-peito-ruivo e a carriça. Os bosques de Acer monspessulanum proporcionam alimento e condições de nidificação ao bico-grossudo (Coccothraustes coccothraustes).

segunda-feira, 25 de maio de 2009

primeira semana

No primeiro dia do nosso estágio começamos por fazer caixas-ninho. Estas foram feitas com materiais reaproveitados, dos quais tábuas que se encontraram em entulhos, pregos, madeira não tratada e câmara de ar de bicicleta para servir de dobradiças. Cortamos a madeira nas medidas pretendidas, de acordo com as espécies que irão beneficiar delas: Trepadeia-azul e Chapim-real.
Estas caixas foram posteriormente montadas por participantes num percurso pedestre que se realizou no fim de semana na Reserva da Faia Brava com o tema Aves.

Outra das tarefas que realizamos foi a manutenção do viveiro florestal. Neste encontram-se caixas de germinação de várias espécies e que urge, nesta época do ano, transladá-las para caixas de germinação.
Primeiro, fomos buscar terra estrume de cavalo garrano (que se encontram na reserva) e misturamos, amassamos, crivamos e enchemos covetes. Encheu-se um total de 11 covetes neste primeiro dia, e transferimos Cerejeiras (Prunos avium) e Zelha (Acer monspeliensis). Destas espécies, o Acer é uma espécie muito rara, mas tipica da região.
O trabalho no viveiro irá continuar nas próximas semanas, até se ter transferido todas as espécies de caixas de germinação para covetes.

quinta-feira, 21 de maio de 2009

inicio do blog!

Olá, este blog foi criado por três alunos do curso de Operadores Florestais da Escola EB 3 Secundária de Figueira de Castelo Rodrigo. Queremos aqui partilhar com os nossos leitores o nosso trabalho de estágio que está a começar na Associação Transumância e Natureza, também em Figueira de C.R. Vamos trabalhar em várias actividades relacionadas com o curso, a realizar na Reserva da Faia Brava, em Algodres, e publicaremos aqui os resultados e sobre os trabalhos que iremos desempenhar.
Agradecemos desde já os vossos comentários e sugestões!!
A ideia é tornar este blog como uma ferramenta onde poderemos aprender uns com os outros partilhando informações e discutindo métodos.

Os bloggers, Daniel, Luís e Marcos